quinta-feira, 7 de junho de 2007

Introdução

Através da Internet cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o planeta estão hoje conectadas e por isso, o computador deixou de ser um acessório para se transformar numa ferramenta por meio da qual se faz a troca de idéias e são compartilhados projetos de pesquisa que transcendem as fronteiras geográficas. Então, se o mundo virtual está presente em nossa vida diária por que não usá-lo como ferramenta de apoio à educação? O computador e, principalmente, a Internet podem, sim, dar contribuições relevantes ao espaço escolar, à sala de aula, mas tudo depende de como se faz uso dessa tecnologia.

Estratégias para desenvolver competências e habilidades de pesquisa

Desenvolver competências e habilidades requer do educador mudança na sua prática pedagógica. O professor deverá trabalhar por resolução de problemas e por projetos, propor tarefas complexas e desafios que incitem os alunos a mobilizar seus conhecimentos, habilidades e valores. O professor deverá propiciar condições para que o educando desenvolva suas potencialidades para que seja individuo consciente e capaz na construção de conhecimento. “Ao invés da memorização de conteúdos, o aluno irá exercitar suas habilidades, que o levarão à aquisição de novas competências.” (Nota 10: Jornal Mensal sobre Educação - Ano I nº 4 agosto/99)
O professor deixará de ser mero transmissor de informação para ser intermediário no processo de elaboração do conhecimento, pois este não se transmite, o conhecimento se cria, se constrói. A mudança não é fácil pois existe muita resistência por parte de alguns educadores, mas é preciso “Vencer uma série de preconceitos e resistências. Por um lado vencer as representações deterministas de que alguns alunos são mais capazes que outros e aceitar que nem tudo está definido na vida. É preciso acreditar que os alunos podem dominar os mínimos necessários desde que lhe sejam dadas condições adequadas de aprendizagem.” PERRENOUD,P, 2000
O educador precisa buscar, como diz a Profª Rosângela Borges Martins, “um novo paradigma educacional, centrado na aprendizagem e não no ensino, assim teremos o professor como mediador entre o conhecimento acumulado e o interesse e a necessidade do aluno.”
Assim, o professor proporcionará a formação de um aluno criativo, consciente e crítico nas suas escolhas.

Relação ética com o conhecimento produzido por outros autores

O papel do professor como intermediário no processo de elaboração do conhecimento passa pela necessidade de adaptação de sua prática pedagógica às novas tecnologias como a Internet. Esta fornece um manancial de recursos que, de forma cuidadosa, podem ser usados em benefícios da aprendizagem do aluno. Como diz Moran, “A Internet ao tornar-se mais e mais hipermídia, começa a ser um meio privilegiado de comunicação de professores e alunos, já que permite juntar a escrita, a fala e a imagem a um custo barato, com rapidez, flexibilidade e interação até pouco tempo impossíveis.” Portanto, é preciso acompanhar bem de perto o uso que o aluno faz das ferramentas que a Internet oferece. Ainda Moran, “Ensinar utilizando a Internet exige uma forte dose de atenção do professor”. Isto é para não deixar o aluno perdido na grande rede de informação. É imprescindível mostrar ao aluno que ao navegar em sites educativos é necessário como diz, Tajra, “verificar itens tais como: nome, autoria, datas de publicação e alteração das páginas, objetivos, conteúdos, público-alvo, recursos de comunicação, recursos de pesquisa.” Mostrar que nem todas as informações disseminadas pela rede são verdadeiras, por isso é preciso ter muito cuidado ao acessá-las, conscientizar o usuário de ser ético, pois “ao fazer uma cópia de um material da Internet, deve-se ter em vista um possível melhoramento do material, e, melhor, fazer citações sobre o verdadeiro autor, tentando-se, assim, ao máximo, transformar a Internet num meio seguro de informações” (Dicionário Wikipedia). “O plagiador raramente melhora algo e, pior, não atualiza o material que copiou. O plagiador é um ente daninho que não colabora para deixar a Internet mais rica; ao contrário, gera cópias degradadas e desatualizadas de material que já existe, tornando mais difícil encontrar a informação completa e atual" (Augusto C. B. Areal). Então, é necessário proporcionar meios para que o educando adquira experiências de aprendizagens ativas, significativas e diversificadas.

Reflexão

Seguindo a linha de conduta proposta, o educador levará o aluno a navegar com mais segurança e livre dos perigos existentes na grande rede. O aluno será um cidadão consciente, responsável, capaz de fazer julgamentos, comprometido com o que faz, ser bem informado e acima de tudo, capacitado a escolher o que é bom ou não nesse meio.

Bibliografia e sites pesquisados

Augusto C. B. Areal. Plágio e direito autoral na Internet brasileira. Página visitada em 28 de novembro de 2005.

MORAN, J.M. Mudar a forma de ensinar com a Internet. Disponível em . Acesso em 27jul.2003.

PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre:Artmed, 1999.

TAJRA, S.F. Internet na educação: o professor na era digital. São Paulo: Érica, 2002.

http://www.centrorefeducacional.com.br/desencomp.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Internet

Teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/16731.pdf